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Saiba como a Câmara aprovou 1 bilhão

Plenário da Câmara, vazia, às 11h15min

A sessão do dia 22 de dezembro de 2009 era a mais importante do ano – como mais tarde, um dos vereadores diria – porque aprovaria o Orçamento Municipal para o próximo ano, ou seja, naquele dia seria definido o que fazer com um bilhão de reais.

Essa sessão era também uma das mais vazias do ano – como mais tarde as fotos que publicaremos aqui podem mostrar – porque era a dois dias do Natal, ou seja, um péssimo dia para marcar uma sessão tão importante.

Eram nove horas mais dois minutos. Estavam ali todos os vereadores (16), menos Mingo Fontebasso, que chegaria dali 3 minutos. Estavam também 6 pessoas assistindo, além dos jornalistas e do voluntário da Ong Voto Consciente.

Desde então, até às 13h10min os vereadores falaram sobre o Orçamento. Usaram a palavra: Durval Orlato, Marilena Negro, Marcelo Gastaldo, Tico, Julião, Roberto Conde, Fernando Bardi e José Dias. Cada um tinha vinte minutos e muitos deram algumas partes para comentários de outros.

Durval Orlato (PT) questionou a falta de indicadores e metas mais claras no Orçamento, exemplificando com uma de suas emendas sobre o total de verbas para construção de creches – segundo ele falta dizer quantas e onde e sua emenda fazia isso. Comentou sobre outras emendas suas – uma para galerias de águas pluviais e outra para aumento do efetivo da Guarda Municipal – e terminou reclamando do fato de nenhuma emenda passar pela Comissão Mista.

Depois dele, Marilena Negro (PT) continuou criticando a rejeição de emendas. Disse que nos seus cinco anos como vereadora sempre fez emendas e todas foram rejeitadas. Prosseguiu fazendo análise dos números de cada Secretaria, questionando, por exemplo, o aumento de 3mi para 4 mi na pasta de Segurança em contrapartida com o aumento de 5mi para 11mi na pasta de Comunicação Social. (números ditos em tribuna que não foram checados, sob responsabilidade da autora)

Marcelo Gastaldo (PTB) disse ter o compromisso do Prefeito com inúmeras obras e “que poderia ter feito emendas, mas já tem o compromisso e isso vale mais”, em clara referência à reclamação de nunca aprovarem emendas. Seguiu dizendo que “para se fazer o número do Orçamento – as verbas – é claro que a Prefeitura já tem definidas as obras. Pode não ter mandado, mas já tem”.

A seguir, o Presidente Tico (PSDB) rebateu as críticas feitas pelos dois petistas. Disse que eles “tinham o discurso certo na hora errada. O projeto político é o do Miguel Haddad e se eles quisessem aplicar o deles, precisariam ganhar as eleições”. Disse também que o Orçamento vem como peça única e qualquer emenda do vereador, além de ser um projeto individual, pode afetar o todo. Deixou claro que não faz parte da Comissão Mista que rejeitou as emendas, mas também o faria.

O próximo vereador a falar foi Julião (PSDB), que não tratou diretamente da peça orçamentária. Começou com “Não vim discutir o orçamento, mas que nossa cidade é ótima”. Questionou as críticas sem o reconhecimento dos avanços e dos bons governos dos últimos anos. Reafirmou que a cidade é muito boa em diversos índices. Na mesma direção foi Roberto Conde (PRB), que disse já notar grandes mudanças desde que chegou a Jundiaí, em 2003. Ambos compararam nossa situação com a de outros municípios, em especial no atendimento de água, esgoto e asfalto.

Nesse momento, às 11h21min, a sessão foi suspensa sem justificativa por até no máximo meia hora. Voltou 27 minutos depois, às 11h48min, quando o público presente era de nove pessoas.

Voltando da pausa, o vereador Fernando Bardi (PDT) ocupou a tribuna. Começou fazendo um resumo do que havia sido debatido pelos outros vereadores e, em relação ao que foi falado no começo, disse concordar com a importância dos vereadores fazerem emendas e que no próximo ano se preocupará bastante com isso, já não sendo mais "debutante". Além disso, lembrou do lado positivo de não detalhar tanto as ações do Orçamento, pois algum evento inesperado poderia esbarrar na dificuldade de remanejar verbas.

O último vereador a falar foi José Dias (PDT) que também não tratou diretamente da peça orçamentária, mas fez um resumo de sua atuação e de como em diversas reuniões com a Prefeitura tem tentado levar demandas de eleitores e comunidades para que sejam contempladas pelo Orçamento. Quando terminou, às 12h26 min houve nova suspensão, por até uma hora, sem justificativa.

A sessão so voltou 38 minutos depois, às 13h04, quando o Orçamento enfim entrou em votação e foi aprovado por unanimidade, com Paulo Sérgio na presidência.
2 comentários:

Lembrar que 1/3 dos projetos de lei e projetos de lei complementar de 2009 foram destinados à nomes de ruas, praças, pontes etc...

http://douglasyamagata.blogspot.com/2009/12/camara-de-jundiai-13-dos-projetos-em.html


interessante, pra não dizer "frustrante".


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